Saberes e trabalho docente: a serviço de quem?
Ao ler Perrenoud (2013), penso que todo trabalho docente está pautado em uma ideologia. Também compreendo o porquê das "reformas" em educação encontrarem dificuldades para serem implantadas.
A escola preocupa-se em ensinar saberes para o prosseguimento de estudos, muitos jovens estão a clamar pelo domínio de competências para viver o "agora", enfrentar a concidadania planetária, a incerteza e a complexidade da vida.
Ensinar saberes para quem vai prosseguir os estudos e enfrentar a vida só depois de um curso universitário é o melhor?
Desenvolver competências para quem, com quinze anos, já adentrou ao mundo do trabalho é o melhor?
Se optarmos por um ou outro (ensinar saberes ou desenvolver competências) não estaríamos com a educação categorizada para pobres e ricos? Não seria excludente e acirraria as diferenças sociais?
Podemos pensar: "vamos desenvolver competências e ensinar saberes". Com que tempo, infraestrutura e formação contamos para isso?
Pensar é condição humana. Pensemos sobre isso!
Referência
PERRENOUD, Philippe. Desenvolver competências ou ensinar saberes? A escola que prepara para a vida/ tradução; Laura Solange Pereira; revisão técnica: Maria da Graça Souza Horn. Heloisa Schaan Solassi. - Porto Alegre: Penso, 2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário